CIDADANIA, HETEROGENEIDADE E DIVERSIDADE


Leia com atenção:


Se o homem considera o carro como extensão de sua casa vai ter em relação a este os mesmos sentimentos. E o caso de não perceber que num espaço que é público está tendo sentimento relacionados com o seu espaço privado, pode entrar em situação de conflitos. Por exemplo, o seu nível de tolerância contra um esbarrão acidental provocado por outro motorista no seu carro será baixo e tenderá a revestir o fato de ameaça à sua segurança, pois o carro é como a sua casa, representa a segurança, a sobrevivência, precisa ser defendido. (CORASSA, Neusa. Uso do carro como extensão da casa e os conflitos no trânsito, 2011 p. 56).


A psicóloga Neusa Corassa estabelece um comparativo entre o carro e a casa, como signos de bem-estar privado dos homens. A partir do fragmento e considerando a leitura do texto indicado, é possível afirmar que essa relação:

 


Contribui para preservar os valores de individualidade que devem prevalecer no espaço público.


Não interfere no convívio social no trânsito, tendo em vista que as pessoas devem ter atenção às leis e normas de direção.


Estabelece um elo entre segurança/sobrevivência, criando uma melhor convivência no trânsito, pois a segurança do carro assim como da casa minimiza os conflitos sociais.


Diminui as possibilidade de conflitos no trânsito, uma vez que a individualidade prevalece sobre o convívio social.


Contribui para o aumento da intolerância dos motoristas no trânsito, por valorizarem mais a segurança do carro do que as relações interpessoais.

O conceito de cidadania que temos hoje é fruto das chamadas revoluções burguesas, particularmente da Revolução Francesa e da Independência dos EUA no século XVIII, mas também da Revolução Industrial. Nesse contexto, foram as Constituições francesa e norte-americana os documentos que fundamentaram os princípios da cidadania moderna. Sua influência é tão grande sobre o mundo atual que os princípios liberais trazidos por elas foram reorganizados e ratificados pela ONU, em 1948, na Declaração Universal dos Direitos do Homem.

(SILVA, Kalina Vanderlei. Cidadania. In:__ Dicionário de conceitos históricos. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2009, p.47)

 

Sobre a historicidade do complexo de direitos que alicerçam o conceito de cidadania atual, pode-se afirmar que:

 

I - Os direitos civis nascem e se fortalecem a parir das tensões e contradições históricas forjadas no seio da Revolução Inglesa.

II - Apesar das contradições que excluía grande parte dos sujeitos, a Revolução Americana de 1776 consagra o conceito de autonomia e liberdade.   

III - As ideias de liberdade, igualdade e fraternidade trazidos no bojo da Revolução Francesa de 1789 marca o início do processo de universalização dos direitos do homem e do cidadão.

IV - Os ideais de solidariedade e humanização do trabalho são resultados da luta incessante das corporações em defesa dos sujeitos e sua força trabalhador. 

 

É correto o que se afirma em:

 


I, II, III e IV.


I, II e III, apenas.


II, III e IV apenas.


II e IV, apenas.


I e III apenas.

Na compreensão do fenômeno da estratificação social, os processos de mobilidade social devem ser considerados como forma de se analisar como os sujeitos se movimentam de um estrato a outro.

Considerando que a mobilidade social implica num movimento significativo na posição econômica social e política, analise os casos a seguir:

 

(I) Um agricultor, que não possuía nenhuma terra e trabalhava em regime de parceria na área de um terceiro, conseguiu capitalizar-se e adquiriu uma pequena área de terra, tornando-se o proprietário desse meio de produção. Anos depois, ele vende sua propriedade e vai para a cidade trabalhar como comerciante de grãos, duplicando sua renda como agricultor.

 

(II) Numa família de poucos recursos, os dois filhos mais velhos pararam de estudar após a conclusão do ensino médio e ingressaram no mercado de trabalho como comerciários. O terceiro, mais novo, buscou um ensino superior e formou-se em engenheiro civil, assumindo um posto de comando em uma grande empresa. O primogênito, vendo o exemplo do irmão, retoma os estudos e se profissionaliza na área de TI, montando sua própria empresa de prestação de serviços.

 

As situações exemplificadas correspondem aos seguintes tipos de mobilidade social, respectivamente:

 


(I) Mobilidade vertical ascendente e (II) Mobilidade intrageracional.


(I) Mobilidade intergeracional e (II) Mobilidade horizontal descendente


(I) Mobilidade vertical e horizontal ascendente e (II) Mobilidade intrageracional.


(I) Mobilidade vertical descendente e (II) Mobilidade intergeracional


(I) Mobilidade vertical e (II) Mobilidade horizontal

Leia atentamente:


Entre 1963 e 2001, 2.092 pessoas foram assassinadas pela simples razão de serem gays, transgêneros ou lésbicas. Somente em 2000, foram 130 assassinatos, dos quais 69% gays, 29% travestis e 2% lésbicas. O País não passa três dias sem que um gay, uma travesti ou uma lésbica não sejam brutalmente assassinados, vítimas do preconceito.
(MOTT, Luiz. CERQUEIRA, Marcelo. Causa Mortis: Homofobia. Grupo Gay da Bahia. Salvador, 2001.)


O que pode ser entendido como fator que favorece a permanência desse contexto de violência ainda em nossos dias? Assinale a alternativa correta:

 


A força do texto bíblico que absolutamente condena e prega a violência contra os homossexuais.


O forte preconceito transmitido de geração para geração e que não tem encontrado seu antídoto na educação de base.


A natureza preconceituosa do brasileiro que tem na sua genética a propensão para esse comportamento.


A arrogância provocativa dos líderes de organizações pró-homossexualidade que promovem passeatas e  manifestações ilegais.


A fragilidade do movimento gay que nada tem feito em favor da própria comunidade e sem conquistas  civis relevantes.

Há 29 anos foi promulgada a Lei 7.716, que define os crimes resultantes de preconceito racial. A legislação determina a pena de reclusão a quem tenha cometidos atos de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. Com a sanção, a lei regulamentou o trecho da Constituição Federal que torna inafiançável e imprescritível o crime de racismo, após dizer que todos são iguais sem discriminação de qualquer natureza.
Sobre o racismo no Brasil, pode-se afirmar que:

 


Encerra com a abolição da escravatura.


Surge no século XIX, com o apartheid.


Tem origem com a escravização da população africana.


Termina com a promulgação da constituição de 1988.


Tem relação direta com o preconceito contra os estrangeiros em geral.

Leia com atenção:


A violência acontece em diversos lugares: na rua, parques, escolas, locais de trabalho, casas, prisões e delegacias de polícia. Ela pode ser espontânea ou organizada, perpetrada por indivíduos ou grupos extremistas. Uma característica comum dos crimes de ódio anti-LGBT é sua brutalidade: vítimas de assassinato, por exemplo, são frequentemente encontradas mutiladas, severamente queimadas, castradas e mostrando sinais de agressão sexual. Transgêneros, especialmente aqueles que estão envolvidos no trabalho sexual ou presos, enfrentam um alto risco de violência extremamente cruel e mortal. (Livres e Iguais, ONU, 2016).


Qual é o nome desse tipo de preconceito destacado no trecho anterior? Assinale a alternativa correta:

 


Xenofobia


Androfobia


Heterofobia


Homofobia


Tanatofobia

Leia com atenção:

 

É oportuno esclarecer, ainda que beire o óbvio, que as cotas não pressupõem inferioridade nem lançam estigma algum, bem como que não criam racismo, opressão, ne discriminação, e, tampouco, constituem situação inconstitucional. Afinal, as cotas são um reconhecido mecanismo compensatório de efetivação de cidadania praticado internacionalmente, voltado a beneficiar mulheres, idosos, crianças, deficientes e grupos socialmente excluídos, visto que constroem, prospectivamente bases mais justas para esses segmentos. (AMARO, Sarita. A agenda das ações afirmativas no governo brasileiro. In: Racismo, igualdade racial e políticas afirmativas no Brasil. Cap. 7. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2015).

 

A partir do fragmento e das leituras realizadas, pode-se afirmar que as cotas, sob os princípios da cidadania, são:

 


uma forma de discriminação, já que distingue brancos e negros nos processos educativos, não respeito o princípio de isonomia constitucional.


uma política de ação afirmativa, que busca equiparar a igualdade de oportunidades, visando reduzir as diferenças e desigualdades de raça, sociais e privilégios.


uma prática desigual, já que beneficia negros em detrimentos de brancos na distribuição das vagas para estudantes.


uma lei arbitrária, que coloca em oposição brancos e negros, ricos e pobres, acirrando o racismo e a desigualdade.


um sistema de privilégios, em que negros e pobres que não precisam passar por processos seletivos para ingressar no ensino superior.

Em relação a invisibilidade da Pessoa com Deficiência – “A sociedade constrói muitas barreiras para todas as pessoas, por causa da altura, do peso, da cor da pele ou da etnia. Não há somente barreiras físicas, da calçada ruim com um poste no meio, de uma porta estreita, que atrapalham muito. Nós precisamos entender essa sociedade, com tantos problemas de ordem econômica, familiar, na qual cada um atua para resolver as próprias dificuldades da forma mais rápida possível, o que é natural.

Fonte:  Luiz Alexandre Souza Ventura, de 13 de fevereiro de 2019. Disponível em: https://brasil.estadao.com.br/blogs/vencer-limites/a-vigilancia-sobre-as-questoes-das-pessoas-com-deficiencia-tem-de-ser-permanente/. Acesso em 24 de junho de 2019.

 

Corrobora desse pensamento os fundamentos apresentados no capítulo O sujeito com deficiência no contexto das relações sociais do livro Sociologia da acessibilidade dos autores: Ottmar Teske; Laíno Alberto Schneider; Idilia Fernandes; Humberto Lippo e Santos Fagundes, publicado em Curitiba pela Intersaberes em 2017. Nesse sentido, a redoma da invisibilidade não é criada somente pelas barreiras arquitetônicas, mas:

Analise as afirmativas.

 

I - Pelas barreiras atitudinais. Nossas deficiências crescem na medida que se ampliam essas barreiras padronizadas pela estrutura social.  

II - Quanto mais adaptado estiver um local no atendimento das necessidades das pessoas com deficiência, maior será a relação de parcerias, de apoio e cuidado que formam as relações de pertencimento, de vínculos e sociais. 

III - Pela barreira metodológica ao promovem processos de diversificação curricular, flexibilização do tempo e utilização de recursos para viabilizar a aprendizagem, maior será a distância estabelecida nas relações sociais padronizadas das estruturas societárias.

 

É correto o que se afirma em:


I, II e III.


I e II, apenas.


II e III, apenas.


III, apenas.


I e III, apenas.

No artigo ‘O uso do carro como extensão de sua casa e os conflitos de trânsito’, Neuza Corassa analisa a postura psicológica do ser humano em casa e dentro de um carro para chegar à conclusão que:

 


Em ambas as situações só é possível a reação jurídica, embasada na lei e nos limites por ela autorizados.


Havendo grande semelhança entre o estado psicológico entre o os papéis de morador e do usuário do carro, quando posto em ameaça o veículo automotor, conforme significado pelo seu usuário, pode gerar conflitos desproporcionais, em face das ocorrências de trânsito.


Sendo o sentimento de segurança doméstico muito superior e o veículo automotor a extensão do ‘asilo inviolável’, que é o lar, justa é a resistência e reação a qualquer ameaça ou dano ao veículo ou seus ocupantes.


Sendo apenas o domicílio um ‘asilo inviolável’ nenhuma resistência pode haver quando houver qualquer ameaça ao veículo automotor.


Há grande identidade, pois: ambos, casa e carro, compõe o patrimônio do Titular que vendo ameaça ou dano tem a mesma condição ou possibilidades jurídicas de resistir e reagir.

Navi Pillay [então alta comissária da ONU para Direitos Humanos] revelou em sua mensagem pelo Dia Internacional da Mulher de 2010, que mais de cinco mil crimes contra a integridade moral e psicológica das mulheres. Pouco se fala sobre esses dados na mídia. No entanto, no Brasil, isso já é crime e é combatido com o aparato do Estado.

A que fator decisivo nos referimos? Assinale a alternativa correta:

 


Os PL’s de Marta Suplicy.


A Lei Maria da Penha.


A eleição de Dilma Rousseff.


As músicas de Rita Lee.


A marcha das Vadias.